FLAVIO BOCK
O efeito de pico-final
A teoria à qual você se refere

é conhecida como “efeito de pico-final” na psicologia. O efeito de pico-final sugere que, ao avaliar uma experiência passada, as pessoas tendem a lembrar principalmente do ponto mais intenso (pico) e do final da experiência, enquanto o meio é geralmente subestimado ou esquecido.
O efeito de pico-final foi inicialmente proposto pelo psicólogo Daniel Kahneman e seus colegas em um estudo publicado em 1993, intitulado “When More Pain Is Preferred to Less: Adding a Better End”.
Neste estudo, Kahneman investigou como as pessoas avaliam experiências dolorosas, como procedimentos médicos, e descobriu que a duração da experiência não afeta muito a memória retrospectiva das pessoas, mas sim a intensidade do pico de dor e a dor experimentada no final do procedimento.
A teoria se baseia na ideia de que o cérebro humano simplifica e condensa informações complexas e extensas para facilitar a recuperação e a tomada de decisões. Ao focar nos momentos mais intensos e no final da experiência, o cérebro é capaz de formar uma impressão geral da experiência de maneira mais eficiente.
O efeito de pico-final tem implicações significativas em várias áreas, como marketing, atendimento ao cliente, medicina e tomada de decisões pessoais. Ao compreender esse fenômeno, é possível projetar experiências e intervenções de maneira a maximizar a satisfação e a avaliação positiva das pessoas.